Equipes de Saúde alertam sobre a febre maculosa

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Equipes de Saúde do Estado alertam a população para a prevenção contra a febre maculosa

Cuidados simples podem evitar a infecção pela doença transmita pelo carrapato-estrela, principalmente no período do verão

 

Nesta estação do ano, o verão, é comum a visita a parques, cachoeiras, beira de rios e lagos e áreas gramadas. Durante e após as atividades de lazer, entretanto, é preciso tomar alguns cuidados para evitar a Febre Maculosa Brasileira (FMB), doença transmita ao ser humano por meio da picada do carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. A doença, considerada grave, pode levar à morte se não for tratada logo no início do aparecimento dos sintomas.

Com casos registrados em áreas urbanas e rurais, a doença se manifesta por meio de febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, mal estar, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas avermelhadas na pele, especialmente na palma das mãos e na planta dos pés.

Os primeiros sintomas da febre maculosa surgem entre o 2º e o 14º dia após a picada do carrapato, podendo ser facilmente confundidos com os de outras doenças. Justamente por isso é fundamental que, imediatamente após os primeiros sinais, o paciente busque por um serviço de saúde e conte aos profissionais que o atenderem que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos.

Para se prevenir, alguns cuidados simples devem ser tomados antes, durante e após a visita a locais favoráveis à infecção. Utilizar roupas longas e de cor clara, por exemplo, facilita a visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo, que ajudam a prevenir o contato.

Além disso, verifique o corpo frequentemente, durante e após a visita aos ambientes, já que quanto mais rápida for feita a remoção dos carrapatos, menores as chances de contrair a febre maculosa.

Além dos cuidados ao visitar áreas rurais, matas, cachoeiras, pastos sujos, parques, beira de rios e lagos, é importante ficar atento para o contato com animais domésticos e silvestres ou com os ambientes em que habitam. Animais como cavalos, bois, cães, roedores e capivaras participam do ciclo de transmissão da doença e, por isso, o contato com eles deve ser monitorado.

 

Tratamento e diagnóstico

A partir da suspeita de febre maculosa, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, ainda que não haja a confirmação laboratorial. Se não tratados, os pacientes podem evoluir para estágios de confusão, torpor, alterações psicomotoras e manifestações hemorrágicas que requerem cuidados hospitalares intensivos e podem levar ao óbito.

A conduta laboratorial para o diagnóstico da Febre Maculosa Brasileira é definida de acordo com o tipo de amostra e o prazo entre o início dos sintomas e a coleta.

A Imunofluorescência Indireta é realizada quando a coleta da amostra é realizada a partir do 7º dia após o início dos sintomas, período em que os anticorpos específicos que agem contra o agente que provoca a doença podem ser detectados. Amostras coletas antes desse prazo, quando necessário, são encaminhadas para a Reação em Cadeia de Polimerase (em inglês Polymerase Chain Reaction – PCR), método que pesquisa diretamente o material genético da bactéria.

 

Número de casos

Em 2017, até 29 de dezembro, foram registrados 25 casos de febre maculosa (destes, 15 evoluíram para óbito). Já em 2016, foram 17 casos da doença e seis óbitos. Em 2015, 18 casos e seis óbitos.

Sobre o aumento de casos em 2017, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), isso se deve a um trabalho de mobilização dos profissionais de saúde para que estes notifiquem os casos de febre maculosa.

A SES-MG tem trabalhado junto aos municípios para ampliar o conhecimento dos profissionais sobre a doença, emitindo alertas que favorecem o aumento da sensibilidade do sistema de vigilância. Dessa forma, os serviços de saúde tem tido uma maior percepção diante de um caso suspeito, com realização de investigação que permite identificar novos casos da doença.

 

Prevenção

- Utilizar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;
- Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo são bastante importantes;
- Evitar sentar ou deitar em gramados nas atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques ou pescarias;
- Examinar o corpo com frequência, tendo em vista que quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção;
- Se verificada a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções e evitando o esmagamento de seu corpo com as unhas (já que pode haver contato com a bactéria presente no animal dessa maneira);
- Manter pastos, lotes e áreas públicas sempre limpas, para evitar a proliferação de carrapatos;
- Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário.

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