Agricultura familiar para enfrentar desigualdades

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Secretário de Planejamento e Gestão também destacou a importância dos Fóruns Regionais como programa estruturante do Governo de Minas

"Apesar do ambiente desfavorável nesses primeiros meses de governo, não desanimamos. Estamos confortáveis com a decisão de caminhar rumo à efetivação de uma política pública, que faz com que o País seja reconhecido mundialmente por isso. A integração das ações é a marca deste governo. O enfrentamento da pobreza rural e das diferenças regionais coaduna com o desenvolvimento da alimentação familiar".  

A declaração foi feita pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, durante o seminário: "Avanço de Desafios da Segurança Alimentar e Nutricional de Minas Gerais", realizado nesta sexta-feira (16/10) no plenário do edifício Gerais, na Cidade Administrativa.

Promovido pelo Conselho de Segurança Alimentar Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG) e pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Caisans), o evento teve por objetivo mobilizar instituições para a implementação de políticas públicas promotoras do direito à alimentação de qualidade.

Helvécio Magalhães, que também preside a (Caisans), acrescentou que a participação social está deixando de ser discurso. "A histórica arrogância tecnocrata que faz o sujeito se achar melhor que o outro não dá bom resultado. Por isso, é melhor ouvir para governar. Essa política é que vai mudar a realidade em Minas Gerais. Os Fóruns Regionais têm sinergia e por meio deles vamos dar voz aos esquecidos. Se a fome tem pressa, a desigualdade tem muito mais", asseverou.

O secretário de Planejamento e Gestão informou ainda que os Fóruns Regionais, realizados pelo Estado nos últimos quatro meses, terão prosseguimento. "Em novembro vamos voltar aos 17 territórios para levar os resultados das 11 mil demandas colhidas por todo o Estado. Mais da metade delas se referem à ausência de governo. Vamos dar respostas ao povo. Será criada a agenda de 2016 de cada território e vamos mostrar o que incluímos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) que já está na Assembleia Legislativa", destacou.

 

Estado mobilizador

Helvécio lembrou que a agricultura familiar é parte da solução da economia mineira e que a questão do ensino tecnológico para o campo está acoplada à assistência social. Para ele, o Estado deve ser mobilizador da cadeia construtiva promovendo a agregação de valor ao produtor como já é feito nos países mais desenvolvidos, como Estados unidos, Japão e as nações europeias.

Ele lembrou que é possível crescer em todas as áreas. "Se gastamos R$ 270 milhões com presídios, é plenamente possível fazer uma inflexão para a agricultura familiar, principalmente na região metropolitana. Ao dobrarmos os míseros 30 centavos por aluno/dia já trazemos um esforço de R$ 300 milhões para a merenda escolar, dos quais 30% vão para agricultura familiar. Isso significa dar melhor uso aos recursos públicos", conclui.

Também presente ao seminário, a secretária executiva do Consea-MG, Maria Aparecida Rodrigues de Miranda, falou da importância do evento. "O seminário fecha as comemorações do Dia Mundial da Alimentação e nele vamos apresentar os resultados da 6ª Conferência Governamental de Segurança Alimentar, que aconteceu de 21 a 23 de agosto, em Jaboticatubas, com o tema: "Comida de verdade no campo e na cidade". 

Em todo o Estado foram envolvidas 8.500 pessoas em 259 municípios durante as 25 conferências regionais sobre segurança alimentar realizadas. "As propostas que estamos entregando hoje são produto dessa mobilização. Minas Gerais tem hoje três milhões de camponeses e agricultores familiares que resistem no campo", informa Maria Aparecida. A política de aquisição de alimentos define que 30% da aquisição dos órgãos estaduais devem ter origem na agricultura familiar.  Na abertura da sessão solene de abertura da conferência, o governador Fernando Pimentel afirmou que o governo vai se empenhar para ter em Minas Gerais a melhor agricultura familiar do Brasil.