Técnicos estaduais de Saúde participam de capacitação em Saúde do Homem

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Técnicos estaduais de Saúde participam de capacitação em Saúde do Homem

Oficina, que envolveu representantes das 28 Regionais de Saúde do estado, trabalhou cinco eixos temáticos com os participantes

 

Uma equipe do Ministério da Saúde (MS) esteve, nesta quinta-feira (8/6), na Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em Belo Horizonte, para ministrar uma oficina de capacitação sobre Saúde do Homem. Participaram técnicos dessa área das 28 Regionais de Saúde de Minas Gerais.

A oficina apresentou aos participantes o Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde e o Guia de Saúde do Homem para Agentes Comunitários de Saúde (ACSs). As referências regionais vão, agora, replicar as informações e conhecimentos nos municípios e distribuir os Guias às Unidades Básicas de Saúde.

A oficina trabalhou cinco eixos temáticos: Acesso e acolhimento; Saúde sexual e Saúde reprodutiva; Paternidade e cuidado; prevenção de Violência e acidentes; Doenças prevalentes na população masculina. Após a apresentação dos eixos, a oficina abriu espaço para perguntas e discussões com os participantes. 

A referência técnica nacional de Saúde do Homem, Michele Leite da Silva, fez uma apresentação sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Na oportunidade, ela explicou que a política se destina especialmente aos homens na faixa etária de 20 a 59 anos e prevê a integralidade do acesso à saúde.

“O planejamento para a área de Saúde do Homem no estado é aumentar o acesso dos homens aos serviços de atenção integral à saúde, incluindo as ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, estimulação ao autocuidado, planejamento da vida sexual e reprodutiva, assim como a paternidade responsável, adoção de estilo de vida mais saudável e consequentemente redução da morbimortalidade”, disse.

Na ocasião, a diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde, Mayla Magalhães, destacou que a Política Nacional de Saúde do Homem tem como estratégia principal acolher e facilitar o acesso dos homens aos serviços de saúde, principalmente aqueles oferecidos na Atenção Primária, focados na promoção e prevenção a agravos.

“Culturalmente, os homens são avessos a consultas médicas preventivas, e só procuram os serviços de saúde quando estão em situação de risco. Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas primárias de prevenção. Além disso, apresentam também maior exposição às situações de risco para saúde, tais como envolver-se mais em acidentes e situações de violência”, explicou.

De acordo com a referência regional de Saúde do Homem da Gerência Regional de Saúde (GRS) de São João del-Rei, Jaqueline Teixeira, essa é uma realidade bem conhecida nos municípios. Segundo ela, existem muitas dificuldades de trabalhar a saúde do homem na sua regional.

“Existem muitos estigmas e preconceitos que impedem a implementação de ações voltadas para o homem, porque há baixa adesão dos usuários masculinos. Geralmente, eles acreditam que procurar serviços de saúde significa assumir fragilidade e não admitem que estejam com dificuldades e problemas”, contou.

 

Guias para a saúde do homem

O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Saúde do Homem, publicou dois guias: o Guia de Pré Natal do Parceiro para Profissionais da Saúde, com o objetivo de qualificar esses profissionais para realização do Pré-Natal do Parceiro; e o Guia de Saúde do Homem para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que qualifica os agentes comunitários de saúde para realizar o acolhimento humanizado dos homens e favorecer o acesso dos mesmos aos serviços de saúde do SUS.

A coordenadora de Saúde da Mulher e da Criança da SES-MG, Ana Luiza Coura, comemorou a publicação do Guia de Pré-Natal do Parceiro como um importante avanço na saúde integral.

“Em uma sociedade machista como a brasileira, é importante que as políticas públicas ofereçam estratégias de transformação social. Um passo importante é esse que inclui o homem no processo de gerar, parir e cuidar, tirando da mulher a sobrecarga de trabalho e de cuidados com a família”, completou.

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