Comitê Regional enfrenta os desafios do Norte de Minas

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Novo modelo de gestão começa a ser implantado com foco na regionalização

das ações governamentais

A primeira reunião do Comitê Regional do Norte de Minas, realizada nesta quinta-feira (16), em Montes Claros, foi aberta pela secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, que, da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, falou aos participantes por meio de videoconferência. O encontro de trabalho reuniu representantes de diversas pastas governamentais, responsáveis pela execução das políticas publicas na região, para debater a realidade socioeconômica do Norte de Minas.

Minas é pioneira no modelo de gestão em rede, afirmou Renata Vilhena. Ela ressaltou os desafios e a importância dessa primeira reunião, que representa o início da implantação do modelo Gestão para a Cidadania, a terceira fase do Choque de Gestão. Chamados de precursores pela secretária, os membros do comitê qualificaram e ampliaram o diagnóstico socieconômico do Norte de Minas, elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP).

Ninguém melhor do que aquela pessoa que está na região para indicar os problemas e as formas de superá-los. O foco regional tem proporcionado melhores resultados e tenho certeza que teremos resultados satisfatórios dessa reunião, assim como aconteceu na região do Rio Doce, avaliou Renata Vilhena.

A secretária anunciou que o trabalho do Comitê Regional possibilita a priorização das estratégias e desafios elencados no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), que deve ser enviado em breve à Assembléia Legislativa de Minas Gerais, sob o olhar regional.

Ponto de partida

O Norte de Minas, que já foi conhecido por sua extrema pobreza, atualmente, surge como um território de potencialidades, apesar de apresentar alguns problemas complexos. Fator de desenvolvimento social, a educação foi o ponto de partida dos debates.

Apesar do percentual de estudantes com baixo desempenho na rede pública estadual ter caído de 40% para 8% na região, e ainda ter conseguido diminuir a distância em relação a outras áreas do Estado, a educação enfrenta o baixo desempenho na alfabetização, o que é um obstáculo para os estudantes acessarem o ensino médio e, por conseqüência, terem dificuldades para acesso ao mercado de trabalho.

Por outro lado, a falta de perspectivas de emprego alimenta a evasão escolar. O círculo vicioso produz efeitos crescentes nos índices de criminalidade da região. Uma solução apontada pelo Comitê é a ampliação da oferta de ensino profissionalizante no Norte de Minas.

Círculo virtuoso

A maior fonte de empregos no Norte de Minas é o setor agropecuário, que enfrenta desafios na legislação de meio ambiente, devido às fragilidades e relevância ambiental, com ocorrência de biomas como Mata Atlântica e Serrado, além de possuir uma área cárstica, cujo expoente máximo é o Vale do Peruaçu. As unidades de conservação existentes no Norte de Minas podem ser fontes de trabalho e renda com investimentos em turismo, que por sua vez promovem desenvolvimento nas cidades, criando assim um círculo virtuoso.

Na reunião, as recentes manifestações de investimentos e empreendimentos do setor privado, em mineração e exploração de gás, no Norte de Minas, foram identificadas como uma oportunidade para investir na qualificação educacional e profissional de forma a garantir a geração de emprego e renda para a região.

Cidadania

A região Norte é a segunda unidade de planejamento do Estado a promover a reunião de seu comitê regional e, junto com a região do Rio Doce, são os primeiros territórios de implantação do Estado em Rede, rumo a Gestão para a Cidadania.

O novo modelo de gestão pública busca a aproximação da estratégia central com as necessidades e particularidades regionais, por meio de dois pilares: a gestão regionalizada, em andamento, e a gestão participativa, que prevê a participação da sociedade civil organizada, com encontro já previsto para julho deste ano na região do Rio Doce e em agosto no Norte de Minas.