Alunos participam de concertos da Orquestra Filarmônica

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 Alunos da rede estadual participam da série Concertos Didáticos da Orquestra Filarmônica

Ação reuniu cerca de 4 mil estudantes da Educação Integral, de 67 escolas mineiras. Em 2017, apresentações já mobilizaram mais de 3.980 estudantes

 

A diferença entre os sons do violino e da viola, noções de leitura de uma partitura, o papel do spalla e até a disposição de cada naipe de instrumentos dentro de uma orquestra foram assuntos durante mais uma etapa da série “Concertos Didáticos”, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A ação educacional, realizada, anualmente, desde a criação da orquestra, leva a crianças e jovens a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a formação orquestral e, quem sabe, poderem dar os seus primeiros passos no universo da música.

Ao todo, foram realizadas quatro apresentações na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), por meio da Coordenação de Educação Integral e Integrada, e o Instituto Cultural Filarmônica.

Neste ano, a ação mobilizou 3.986 estudantes de 67 escolas estaduais das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) Metropolitanas A, B e C, além da SRE Ouro Preto, que participa pela primeira vez do projeto.

 

Apresentação

O programa foi conduzido pelo maestro Marcos Arakaki, colaborador da Filarmônica de Minas Gerais desde 2011. Ele afirma que o objetivo primordial deste projeto é educar esta geração.

“Trazemos os estudantes para o nosso ambiente de concertos e tocamos em condições ideais para que eles se familiarizem com a rotina e tradição. Preparamos um material didático, com informações sobre a orquestra, compositores e partituras, para que eles se sintam mais motivados e inspirados a estudar música, mas, além disso, proporcionar uma experiência que eles possam levar para o futuro’, comenta.

Sobre o acorde de três compositores, a programação foi pensada especialmente para apresentar o universo da orquestra para as crianças e jovens. Entre os selecionados, Modest Mussorgsky, importante compositor do folclore russo, que abriu o concerto com “Uma noite no Monte Calvo”, composição de 1839 que foi trilha do filme Fantasia, memorável animação da Walt Disney, de 1940.

Mussorgsky também encerrou o concerto, com a peça “Quadros de uma exposição”. Neste momento, inclusive, os estudantes tiveram a oportunidade de acompanhar um trecho da obra em partitura impressa no material didático. A abertura de “Orfeu no Inferno”, do alemão Jacques Offenbach, e a “Dança Macabra”, do francês Camille Saint-Saëns, completaram a apresentação da orquestra.

“A programação foi pensada especialmente para o concerto, com cerca de 40 minutos de música, seguidos de explicações e demonstrações de instrumentos. Selecionamos músicas que, muitas vezes, são conhecidas pelo público, para se familiarizarem, como é o caso de ‘Orfeu no Inferno’ e ‘Uma noite no Monte Calvo’, de Mussorgsky, bastante conhecida por ter feito parte da trilha do filme Fantasia. Tentamos colocar na programação obras que eles gostem de ouvir e que sejam um convite para começar a pensar a música orquestral”, explica Arakaki.

 

Experiências

Antes do encontro ao vivo com a Filarmônica, estudantes da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) visitam as instituições de ensino inscritas para levar noções básicas sobre o funcionamento de uma orquestra. Assim, eles têm a oportunidade de já irem se preparando para o concerto.

Para a maioria dos estudantes, este foi o primeiro contato com os 90 músicos da Orquestra Filarmônica e com a Sala Minas Gerais.
É o caso dos alunos da Escola Estadual Senador Bernardo Monteiro, de Santa Luzia.

A escola oferece oficinas de música, com percepção dos sons, teoria musical e aulas de percussão e flauta doce, como atividade de Educação Integral.  A coordenadora do projeto na escola, Viviane Cruz, conta que os alunos ficaram eufóricos com o que viram e saíram de lá transformados.

“Os estudantes são de uma região muito carente e essa oportunidade é única para eles, que certamente saíram daqui com outra visão. O concerto foi um importante complemento para eles dentro do que aprendem nas oficinas. Além do mais, a música transforma a vida destes alunos, não só pelas atividades desenvolvidas na escola, mas porque os auxilia no entendimento de outras disciplinas, principalmente na matemática, no que diz respeito ao raciocínio lógico e à concentração”, analisa.

Thelma Amorim, que coordena o projeto de Educação Integral da Escola Estadual Donato Werneck de Freitas, do bairro Minaslândia, em Belo Horizonte, destaca que esta é uma oportunidade única para os estudantes, que também são de uma comunidade carente.

“Os estudantes não teriam a oportunidade de vivenciar isso se não fosse por este projeto. Tornando a música acessível e tendo, até mesmo, a probabilidade de escolher isso como profissão no futuro. Um dos nossos alunos toca flauta e violoncelo, e o projeto oferece mais e o incentiva a continuar”, comenta. 

O aluno Bruno Patrick, da Escola Estadual de Ensino Médio Monte Sinai, de Esmeraldas, que também é músico, foi pela primeira vez à Sala Minas Gerais e ficou fascinado. “Estou emocionado com o que vi e aprendi aqui, uma grande oportunidade de conhecer mais sobre a orquestra e absorver mais conhecimento sobre a arte da música”, revela.

 

Plataforma Educacional da Filarmônica 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais possui diversas ações culturais e educativas relacionadas à difusão, promoção e formação de público para a música sinfônica. Além da experiência presencial em salas de concerto, professores, alunos e público em geral têm, por meio do site da Orquestra (www.filarmonica.art.br), no menu Educacional, acesso a obras e compositores, sons, características e curiosidades sobre instrumentos de orquestra, livros de introdução ao universo orquestral dirigidos a crianças, adolescentes e adultos, além de vídeos sobre os bastidores e especificidades dos repertórios.

Além disso, a Filarmônica também realiza apresentações gratuitas e com ingressos a preços populares. São exemplos os Concertos para a Juventude, que têm entradas no valor de R$ 6 (inteira), e os Ensaios Abertos, uma forma de ver de perto a música sendo moldada pelos músicos e regentes, com entradas a R$ 10 (inteira).

No site da orquestra é possível conferir a programação completa da temporada e ainda saber mais sobre os concertos.
 

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