FJP apresenta resultados preliminares da economia

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Fundação João Pinheiro apresenta resultados preliminares da economia mineira em 2017

Seminário de Conjuntura apresentou avaliação do panorama geral dos mais recentes indicadores macroeconômicos das economias brasileira e mineira

 

Os resultados consolidados da economia mineira referentes a 2017 foram apresentados e discutidos na manhã desta quarta-feira, 18 de outubro, em mais um seminário da série Conjuntura Econômica de Minas Gerais.

Realizado a cada quadrimestre pela Fundação João Pinheiro (FJP), o evento apresenta a avaliação preliminar do panorama geral dos mais recentes indicadores macroeconômicos das economias brasileira e mineira. Nesta edição, o evento contou com as participações do Secretário Desenvolvimento Agrário, Neivaldo de Lima Virgílio, e do Secretário Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amarildo José Brumano Kalil.

 

2º trimestre

Agropecuária - No segundo trimestre de 2017, o volume do valor adicionado pela agropecuária mineira diminuiu -0,2% em relação ao trimestre anterior na série com ajuste sazonal. Para o Brasil não houve variação na mesma base comparativa. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, a agropecuária de Minas Gerais cresceu 4,7% e a do Brasil, 14,9%.

A evolução do setor no Estado foi favorecida pela produção de grãos, com safras recordes de milho e soja e grande colheita de feijão, o que contribuiu para abrandar a pressão negativa da retração da produção de café, principal produto da pauta agrícola mineira. 

O Secretário Desenvolvimento Agrário de Minas Gerais, Neivaldo de Lima Virgílio, destacou e que a Seda atua em dois eixos principais, que são a regularização fundiária e o fortalecimento da agricultura familiar, desde a produção até o processo de comercialização. 

“É importante frisar a relevância da regularização fundiária para que os agricultores possam ter acesso a créditos e programas de governo”, observou. “Minas Gerais tem a segunda maior população rural do país e temos na secretaria a preocupação de fortalecer a produção e comercialização dos produtos da agricultura familiar. Mesmo com toda essa crise que estamos vivenciando no país, ainda conseguimos ver a agricultura familiar dando bons resultados”, ponderou.

De acordo com o Secretário Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Amarildo José Brumano Kalil, o desenvolvimento agrário do Estado tem sistematicamente aumentado sua produção. “Somos extremamente competitivos na produção de alimentos. A agricultura ocupa hoje 13,3% da área do Estado e a pecuária 32,2%, o que totaliza 45% do território mineiro”, afirmou.

Para ele, os maiores desafios do setor passam pelo combate à pobreza rural e à escassez da água, pela preservação do meio ambiente e pela produção de energia renovável. “O produtor tem que ser protagonista nisso e estamos trabalhando pela agricultura sustentável”, disse. “Temos como desafio a adaptação ao novo cenário do setor agropecuário, com o emprego de zootecnia e agricultura de precisão e de tecnologia, além das questões de sucessão no campo e escassez de água”, completou.

Serviços - O setor de serviços, responsável por aproximadamente dois terços do Valor Adicionado (VA) da composição da economia mineira, tem aumentado sua participação em relação ao PIB, tanto no Estado como no país. No 2º trimestre de 2017 o setor apresentou crescimento de 0,5% em Minas Gerais e de 0,6% no Brasil. 

Mercado de trabalho - No segundo trimestre de 2017 a População Economicamente Ativa (PEA) de Minas Gerais aumentou 0,9% em relação ao trimestre anterior e 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.  

Dados da PNAD contínua estimaram uma taxa de desemprego de 12,2% para o Estado no segundo trimestre de 2017, com variação negativa de 1,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior e aumento de 1,3 p.p. ante o segundo trimestre de 2016. 

De acordo com o Caged/Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Minas Gerais teve um saldo líquido positivo de 53,2 mil postos de trabalho entre admissões (441,7 mil) e desligamentos (388,5 mil) no período.

 

2º quadrimestre

Finanças Públicas - No segundo quadrimestre de 2017 a situação das contas públicas do governo mineiro continuou delicada, uma vez que, de janeiro a agosto, foi registrado déficit de R$ 2,14 bilhões.  Mesmo assim, o quadro fiscal tem se mostrado um pouco mais favorável do que o previsto. 

A intensificação das ações de fiscalização e a implementação do Plano de Regularização de Créditos Tributários (Novo Regularize) contribuíram para amenizar os impactos da recessão econômica e a arrecadação dos principais tributos (ICMS e IPVA) apresentou desempenho melhor do que o Produto Interno Bruto nos últimos doze meses, enquanto as despesas com pessoal, que no fechamento de 2016 apresentou incremento nominal de 8,9%, teve acréscimo nominal inferior nos oito primeiros meses de 2017 (6,7%).

 

1º semestre

Indústria - No primeiro semestre de 2017 o desempenho do setor industrial de Minas Gerais sofreu retração de 1,0% em relação ao mesmo período de 2016 no índice de volume do valor adicionado. Na mesma base de comparação, a indústria extrativa foi a única que ampliou o índice de volume (10,4%).  

Por sua vez, a indústria de transformação apresentou em julho de 2017 produção física 6,2% maior do que a de dezembro de 2016 na série com ajuste sazonal e média móvel. Mesmo assim, o acumulado do primeiro semestre ainda foi 0,5% menor que o verificado para o mesmo período de 2016 na série sem ajuste sazonal.

Comércio Exterior - No acumulado de janeiro a agosto de 2017 a balança comercial de Minas Gerais foi superavitária, com saldo comercial de US$ 12,2 bilhões, o melhor valor alcançado entre os estados brasileiros no mesmo período. 

Na comparação com o 1º semestre de 2016, o montante ultrapassou em 28,0% o saldo de US$ 9,5 bilhões observado. No Brasil o superávit variou 48,6% ao aumentar de US$ 32,4 bilhões para US$ 48,1 bilhões.