IMA habilita engenheiros para prevenção e controle de pragas

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IMA habilita engenheiros agrônomos aptos a contribuir com a prevenção e controle de pragas nas lavouras

Cerca de 70 profissionais de diversos estados brasileiros participam de treinamento realizado em Belo Horizonte

 

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) deu início ao 84º Curso para Habilitação de Engenheiros Agrônomos para Emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC).

O treinamento começou segunda-feira (26/6) e prossegue até esta quarta-feira (28/6) no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG). Aborda a certificação fitossanitária de banana, citros, videira, tomate e cucurbitáceas como abóbora, melão e melancia, entre outros.

Entre os temas tratados estão o monitoramento, levantamento e mapeamento da praga em condições de campo, identificação, coleta, acondicionamento e transporte da amostra para análise. Cerca de 70 engenheiros agrônomos de Minas Gerais e de todo o país participam do treinamento.  

O CFO e o CFOC são documentos oficiais que comprovam a condição fitossanitária de origem de um produto agrícola ou de suas partes com o intuito de prevenir a disseminação de pragas no estado.

Eles atestam que determinada produção está livre de pragas ou doenças e são exigidos do produtor quando o mesmo requer numa unidade do IMA a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), documento oficial que lhe permite transitar com a carga vegetal dentro e fora do estado.

O CFO certifica o produto vegetal na unidade produtiva (propriedade rural). O CFOC certifica na unidade de consolidação (beneficiadora, processadora, armazenadora ou embaladora). 

O engenheiro agrônomo e gerente da Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Diniz Nogueira, explica que os profissionais participantes do treinamento, após habilitados, podem ser contratados por empresas e/ou produtores rurais para atestarem que determinada plantação esteja livre de pragas regulamentares.

“Além disso, o IMA, com esta iniciativa amplia o leque de profissionais habilitados a contribuir com a sanidade das lavouras”, ressalta Nogueira. 

O fiscal agropecuário do IMA Rodrigo Eustáquio, um dos palestrantes do treinamento, destaca a responsabilidade destes profissionais ao se tornarem aptos à emissão dos certificados. “Estes profissionais habilitados se tornam parceiros do IMA”, diz. O fiscal agropecuário palestrou sobre a legislação de agrotóxico, abordando seu uso correto e a fiscalização nas plantações.

O curso, que ao longo de mais de 80 edições já habilitou cerca de 1.600 profissionais de todo o Brasil, é realizado e coordenado pelo IMA com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Superintendência Federal da Agricultura em Minas Gerais (SFA), do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitros), Crea-MG e da Sociedade Mineira dos Engenheiros Agrônomos (SMEA). 

 

Conhecimento e oportunidades

Engenheiros agrônomos de diversos estados do país se inscreveram no curso. Dyana Spezzia, de Joinville (SC), pretende buscar mais oportunidades profissionais. “Formei-me no ano passado e tenho participado de diversos cursos. Com este, pretendo investir na área de métodos para prevenção de pragas em bananas e uvas, já que no meu estado há diversas plantações destas culturas”, diz. 

Airan Miguez, de Aracaju (SE), se inscreveu para estudar mais sobre as pragas que acometem as plantações em citros, como laranjas, por exemplo.  “Já trabalhei no Ministério da Agricultura e no órgão de defesa do meu estado. No momento busco novas oportunidades. Vejo que muitas empresas demandam esta formação no mercado”, observa. 

Milton Rezende, de Vitória da Conquista (BA), é professor universitário e trabalha há anos na área acadêmica. Ele tem o objetivo de encontrar novas oportunidades de trabalho na iniciativa privada. “Pretendo conciliar as duas áreas. Tenho investido muito nos cursos de defesa sanitária vegetal”, conta.

Já Edarsizo Ribeiro, de São Francisco, Norte de Minas Gerais, é da iniciativa privada e viu na própria empresa onde trabalha um forte nicho de mercado. “Nossa fazenda tem 260 hectares de plantação de banana. Após a habilitação em CFO e CFOC irei contribuir muito com a prevenção de pragas na lavoura desta cultura”, comemora.

Carla Virgínia Ferreira, fiscal agropecuária do IMA no escritório de Frutal (MG), acredita que o curso seja muito importante não apenas para novos habilitados à emissão dos certificados, mas também para a reciclagem do conhecimento. “A defesa sanitária da minha região é muito forte. Realizamos diversos trabalhos de fiscalização nas lavoras e trabalhamos diretamente com os responsáveis técnicos que realizam os levantamentos fitossanitários”, diz.