Internas da capital recebem curso de postura profissional

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Postura profissional e empreendedorismo são temas de curso para meninas que cumprem internação

Adolescentes do Centro Socioeducativo Dom Bosco cumpriram 45 horas de aula em busca de novos horizontes para quando deixarem a unidade socioeducativa

 

Depois de cerca de um mês de aulas, sete adolescentes que cumprem medida de internação no Centro Socioeducativo São Jerônimo, em Belo Horizonte, concluíram um curso que abordou os desafios do mercado de trabalho e o empreendedorismo. 

Idealizar, realizar ou coordenar projetos, serviços e negócios foram alguns dos ensinamentos adquiridos pelas meninas que participaram de 45 horas de aulas, resultado de um projeto idealizado pela Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase) da Sesp e a Fundação João Bosco (Funjob).

Na sala, as adolescentes assistiram atentas às aulas sobre orientação profissional, postura no mercado de trabalho, técnicas de comportamento durante entrevistas de emprego, desafios do próprio negócio, legislação trabalhista, entre outros temas relativos ao ambiente profissional das mais diversas áreas.

O objetivo principal é levar para o centro socioeducativo o debate sobre os desafios do mundo profissional, mostrando às adolescentes que tiveram algum conflito com a lei as muitas possibilidades que existem no amplo mercado de trabalho.

A educadora social da Funjob, Adriana Paiva, acompanhou todo o curso e conta que ele ampliou os horizontes das meninas para aquilo que elas podem querer para a vida delas.

“Trabalhamos a autoconfiança, fizemos teste vocacional e rodas de conversa sobre as profissões que elas tinham curiosidade e orientamos como comportar em uma entrevista de emprego e também no ambiente profissional”, relata Adriana.

A educadora também explicou que a fundação vem buscando trabalhar a formação dos jovens em situação de vulnerabilidade social e que a perspectiva é de que possa acontecer o encaminhamento dos adolescentes para vagas de emprego disponibilizadas por empresas parceiras.

 

Conclusão do curso

Enxergar outras possibilidades além das que já conhecia. Foi assim que Larissa, 14 anos, definiu sua experiência no curso. Internada na unidade há três meses, ela conta que assim que soube do curso não teve dúvidas de que queria fazer.

“Quero fazer da minha experiência aqui dentro a mais proveitosa possível para me ajudar a prosseguir nos estudos e ter uma profissão lá fora. No curso eu pude aprender muita coisa nova, principalmente que com dedicação e planejamento nossos sonhos podem ser realizados”, diz a adolescente.

Buscando sempre apoiar Larissa, a tia, Renata Gonçalves, de 36 anos, fez questão de comparecer à formatura da sobrinha para que ela perceba que cada vitória é muito valiosa. “Para ela, é muito importante cada conhecimento adquirido pela vida. Conhecimento é algo que ninguém tira da gente. Quanto mais tivermos, melhor será. E vejo que a Larissa está aproveitando a passagem dela por aqui para se preparar para fazer a diferença lá fora”, elogia Renata.

O diretor de Atendimento da unidade, Silvério Moreira, falou durante a formatura, realizada no dia 31 de janeiro, sobre a importância de mostrar um novo caminho para as adolescentes, para que assim possam mudar a história de suas vidas. “A gente oferece a capacitação para que elas possam concretizar seus sonhos e construir um futuro de sucesso”, conta.               

 

Suase

A Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase) elabora, coordena e executa a política de atendimento ao adolescente autor do ato infracional em Minas Gerais. Entre as diretrizes do órgão estão, além da responsabilização do jovem, o resgate da convivência familiar, o incentivo ao estudo, o fortalecimento dos vínculos comunitários e o estímulo à autonomia por meio da participação social.