Projeto da Epamig é finalista do 11º Prêmio Saúde/Nutrição

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Projeto da Epamig é finalista nacional do 11º Prêmio Saúde/Nutrição

Estudo desenvolvido por pesquisadora do órgão estadual concorre, na categoria com outros três indicados. Votação fica aberta até o mês de novembro

 

A pesquisa que identificou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares, desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Epamig - Instituto de Laticínios Cândido Tostes, é uma das finalistas do 11º Prêmio Saúde/Nutrição, da revista Saúde e da editora Abril.

O estudo da pesquisadora Denise Sobral concorre na categoria Tecnologia de Alimentos e foi selecionado por júri técnico entre diversos trabalhos de todo o país. Ao todo, são três finalistas na categoria, que serão avaliados por integrantes da comissão julgadora do prêmio, formada por profissionais especializados na área de tecnologia de alimentos, e também por voto popular no site www.revistasaude.com.br (https://saude.abril.com.br/alimentacao/vote-nos-finalistas-do-11o-premi…).

A votação estará aberta até novembro. O trabalho vencedor receberá troféu e certificado em cerimônia no dia 28 de novembro, em São Paulo, além de publicação especial na revista Saúde.

Para a pesquisadora Denise Sobral, estar entre os três melhores trabalhos do Brasil representa o reconhecimento dos desafios que a pesquisa impõe no dia-a-dia dos profissionais.

"Temos o compromisso de aplicar o conhecimento para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e, nesse sentido, a pesquisa exige que estejamos sempre voltados a identificar as demandas e necessidades das pessoas e de que forma podemos contribuir para isso", ressalta.

 

Queijo prato para prevenir doenças oculares

De acordo com os estudos da pesquisadora Denise Sobral, o queijo prato pode ser mais um aliado na prevenção de doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, que chega a causar cegueira em pessoas com mais de 65 anos. A utilização de corantes bioativos na fabricação do produto, como a luteína em substituição ao urucum, foi testada pela Epamig - Instituto de Laticínios Cândido Tostes, com resultados positivos.

"Substituímos o corante de urucum, tradicionalmente utilizado durante a fabricação do queijo prato, por corante luteína, com propriedades antioxidantes que evita essas doenças. Os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína em cada 100g de queijo, quantidade necessária para uma dieta diária de reposição dessa substância no organismo; e o melhor, sem alterar o sabor do produto", revela a pesquisadora, que desenvolveu o projeto durante três anos.

Segundo ela, o queijo prato é o segundo mais consumido no Brasil e a utilização da luteína pode trazer benefícios à saúde, sem alterar os hábitos da população. A luteína é um dos principais pigmentos maculares contidos na retina humana, sendo responsável por duas funções fundamentais: proteger a mácula contra o estresse oxidativo e filtrar a luz azul de alta energia, melhorando a acuidade visual. Por meio desses mecanismos, acredita-se que a substância possa contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de catarata e de degeneração macular relacionada à idade.

Como a luteína não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. A dose mínima de luteína a ser ingerida para que tenha efeitos benéficos à saúde é de 6mg diárias.